A Mariana Paraguassu nos enviou um excelente texto com dicas sobre a imigração na chegada aos Estados Unidos. Todos sabem que a imigração está mais exigente agora, portanto, leiam a matéria e preparem-se de acordo.
Olá, pessoal!
Com a aproximação do evento, achei importante compartilhar algumas informações sobre a entrada de turistas (visto B1/B2) nos Estados Unidos, especialmente considerando o cenário atual. Fiquem a vontade para compartilhar com os atletas se acharem pertinente.
Sabemos que circulam muitas informações — algumas um pouco fora de contexto e exageradas — mas é bom lembrar que a maioria dos atletas brasileiros (e sul-americanos) costuma ter um histórico impecável como turista e, na grande maioria dos casos, passa tranquilamente pela imigração, como sempre aconteceu.
No entanto, algumas regras estão sendo aplicadas com mais rigor neste momento. Entrevistas mais longas têm sido comuns, muitos estão sendo encaminhados para a famosa “salinha” para perguntas adicionais, e até a checagem de celulares tem ocorrido com certa frequência.
Por isso, vale a pena tomar algumas precauções simples que podem evitar entrevistas prolongadas, atrasos, ou até mesmo o risco de perder conexões em caso de inspeção secundária.
Vamos focar em garantir uma entrada tranquila para todos!
Por que turistas brasileiros podem ser levados para a “salinha” nos EUA?
Brasileiros com visto B1/B2 podem ser encaminhados para a Secondary Inspection (a “salinha”) durante a entrada nos EUA. Isso não significa deportação, mas indica que os agentes querem investigar melhor.
Os principais motivos incluem:
• Respostas inconsistentes sobre o motivo da viagem, hospedagem ou duração da estadia.
• Perfil de risco percebido, como viagens frequentes, pouca bagagem ou longas estadias anteriores.
• Histórico migratório problemático, como overstay, deportações ou tentativas negadas de entrada.
• Falta de documentos ou vínculos claros com o Brasil, como hospedagem, passagem de volta, emprego ou família.
• Relações pouco claras com pessoas nos EUA, especialmente se não consegue explicar quem são ou como se conheceram.
• Conteúdo suspeito no celular ou redes sociais, que pode indicar intenção de trabalhar ou ficar ilegalmente.
Na salinha, os agentes podem fazer perguntas mais detalhadas, revistar a bagagem e, em alguns casos, pedir para ver o celular. Embora o passageiro possa se recusar, isso pode levar à recusa de entrada.
O que eles buscam no celular?
• Provas de intenção de trabalhar nos EUA (mensagens, currículos, apps de entrega).
• Relacionamentos que indiquem intenção de permanecer no país (casamento, morar junto).
• Indícios de que a pessoa está mudando de vez (fotos de malas, escola para filhos, venda de bens).
• Planos de viagem contraditórios com o que foi declarado na imigração.
• Fotos ou mensagens comprometedoras, como transferências de dinheiro ou atividades ilegais.
Dica importante: Prepare-se, tenha tudo bem explicado e evite carregar informações no celular que possam ser mal interpretadas. Se estiver tudo certo, a entrada costuma ser liberada normalmente.
As regras gerais continuam as mesmas:
• Visto válido (B1/B2): Confirme que está dentro da validade.
• Passaporte válido: Deve ter pelo menos 6 meses de validade após a data de entrada nos EUA.
• Comprovante de passagem de volta: Tenha impresso ou no celular.
• Reserva de hotel ou carta-convite: Se for ficar na casa de alguém, leve uma carta-convite com endereço e telefone de contato.
• Comprovação de recursos financeiros: Pode ser extrato bancário, cartões internacionais, comprovantes de renda ou carta do empregador.
Tópico importante sobre motivo da viagem:
Não minta sobre o motivo da viagem. Participar de eventos esportivos como turista (sem remuneração) é perfeitamente legal, desde que o seu visto permita e você deixe claro que não está indo competir profissionalmente ou receber dinheiro.
Se você estiver indo como atleta amador você pode e deve mencionar o evento, mas:
• Leve a confirmação da inscrição no evento (print do e-mail, comprovante de pagamento etc.).
• Seja claro que é participação amadora, recreativa ou como hobby.
• Evite falar em termos como “competição” ou “campeonato” se o evento não for oficial ou profissional.
• Se perguntarem se você vai ganhar algo, diga que não há premiação em dinheiro e que é só por lazer.
Estou enviando também um modelo de carta que os atletas podem apresentar (se for solicitado), provavelmente a maioria não precisará mostrar nada, mas pode ser útil para alguns.
Modelo carta imigração:
[LOGOOU NOME DA ORGANIZAÇÃO PROMOTORA]
SkydiveParaclete XP
190Paraclete Drive, Raeford, NC 28376, USA
June14, 2025
To Whom It May Concern,
We arepleased to confirm that [Nome do Atleta], a Brazilian skydiver holding a validpassport issued by Brazil, has been officially selected to represent Brazil inthe upcoming South American Skydiving Record Attempt. This prestigious eventwill take place between June 15 and June 21, 2025, at Skydive Paraclete XP,located in Raeford, North Carolina, USA.
Thisrecord attempt is a non-commercial, amateur sporting event aimed at bringingtogether highly experienced skydivers from across South America. Participationis by invitation only and based on prior qualification, skill, and experiencein formation skydiving.
[Nomedo Atleta] is traveling solely for the purpose of participating in this recordattempt and will not receive any form of payment or compensation for theirparticipation. This is a personal, amateur sporting experience under theguidelines of recreational skydiving events in the United States.
Shouldyou need any further information or clarification regarding their invitation orthe nature of this event, please feel free to contact us at [email/telefone daorganização ou organizador responsável].
Sincerely,
[Nomedo organizador ou diretor do evento]
EventCoordinator – South American Record Attempt
SkydiveParaclete XP
[Assinaturadigital ou carimbo, se for impresso]
Espero que tenha ajudado, e se precisarem de qualquer outra informação estamos a disposição.
Blue Skies,
Mariana Paraguassu Briglia
Localization and translation
+1 949 236 0308